terça-feira, 19 de setembro de 2017

O que é a Dissidência Política?


O que é a Dissidência Política? 


Ela nasce de uma inconformidade; ela é uma ruptura com o engodo vigente das manipulações que caracterizam nosso sistema partidário e senso comum ideológico, como a simplória dicotomia 'esquerda' e 'direita', que esconde a realidade por trás dos rótulos e impede a percepção do principal instrumento de controle dos que realmente detêm o poder.

Esquerda do trabalho, direita dos valores! Ao povo, interessa bons empregos, saúde pública, segurança e educação pública de qualidade. Aos trabalhadores, interessa remuneração digna, garantia de futuro, proteção legal. A maioria esmagadora da população apoia políticas de redistribuição de renda, direitos trabalhistas, investimentos nos serviços públicos, presença efetiva do Estado, governo ético e eficaz. E, ao mesmo tempo, interessa ter ordem e segurança pública, leis severas para a punição de corruptos e criminosos, disciplina nas salas de aula; interessa ter seus valores preservados, praticar, com liberdade, sua religiosidade, sua cultura e ver as instituições sociais respeitadas, a começar pela família. O que se caracteriza hoje como 'esquerda', ocasionalmente faz algo em prol das condições materiais do povo, mas são conquistas efêmeras - basta ver como, em pouco tempo, tudo que o governo Lula, por exemplo, fez pelos trabalhadores foi por água abaixo (e as conquistas, embora importantes, foram modestas).

Com apenas algumas canetadas, o governo Temer acabou com os direitos trabalhistas e o Brasil periga até voltar ao Mapa da Fome. Isso porque o governo Lula não ousou desafiar os interesses das elites, não mexeu na estrutura: no nosso sistema bancário com seus juros criminosos, por exemplo, ou na estrutura fundiária do campo, com muita terra concentrada em pouquíssimos latifundiários, terra que foi expropriada dos pequenos agricultores pela violência de uma classe caloteira. Não teve coragem de mexer com a grande mídia: a Rede Globo, caloteira e sonegadora, faz o que quer e veicula programação que ofende os valores da maioria da população e jornalismo tendencioso. Após mais de 12 anos de governo de esquerda, nós continuamos dependentes de Israel em tecnologia de Defesa, nossas Forças Armadas seguem sucateadas sem condições de defender a nação; vale lembrar que o governo petista privatizou parte da Amazônia, beneficiando grandes madeireiras.  

Em suma, trabalhismo sem patriotismo e sem projeto de nação é inócuomas qualquer discurso de nacionalismo, soberania ou segurança nacional é rejeitado pela esquerda e tachado de fascismo.
Além disso, a esquerda que supostamente defende o trabalhador e o povo, o ofende sistematicamente em seus valores culturais, promovendo um "progresso moral" que não interessa em absoluto à imensa maioria, nem mesmo à grande parte da minoria supostamente beneficiada.

Da mesma forma, o que se entende como 'direita', defende, em seu discurso, valores tradicionais caros à família. Mas, na prática, esse discurso se mostra demagógico: afinal, é inútil defender a família em discurso moralista e, ao mesmo tempo, defender, por exemplo, o fim do Bolsa Família ou defender a criminosa Reforma da Previdência que deixará nossos avôs e avós desamparados ou ainda a reforma trabalhista que acaba com a segurança do pais e mães trabalhadores.

A consequência dessa reforma será a maioria dos trabalhadores tornarem-se micro-empreendedores individuais e trabalharem como terceirizados/free-lancers (em suma, precarização); isso já está acontecendo e que não haja ilusões: a tendência é piorar. É ilusório supor que tal reforma trabalhista irá, pelo menos, diminuir o desemprego (veja o vídeo); ela servirá apenas para aumentar o lucro das grandes empresas. Na Argentina, que adotou medidas neoliberais semelhantes às de Temer, a situação está crítica.  
A esquizofrenia da direita "patriota".

Muito patriota no discurso, a direita é totalmente subordinada aos Estados Unidos da América: o parlamentar Bolsonaro, por exemplo, defende descaradamente a submissão aos interesses estrangeiros, pois devemos nos colocar “em nosso lugar” (veja o vídeo) – e ainda assim tem coragem de se comparar ao falecido Enéas Carneiro que, goste-se ou não dele, ao menos defendia a soberania nacional de um país de dimensões continentais e imensas riquezas naturais como o Brasil.
Supostamente representada pela bancada evangélica no Congresso, a parcela evangélica da população, na verdade, em sua maioria, é contrária a essa agenda neoliberal imposta pela direita conservadora-liberal. Religiosos (católicos e evangélicos) querem, sim, educação e saúde pública de qualidade e direitos trabalhistas. Da mesma forma, a Congregação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as várias pastorais defendem a justiça social, em consonância com o pensamento social cristão, o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja Católica. A direita, que supostamente defende a família e os valores cristãos, em suma, espolia e lesa os trabalhadores sistematicamente por meio da defesa exclusiva dos interesses econômicos dos 0,1% mais ricos – uma casta de parasitários cosmopolitas, que pouco se importa com o Brasil.  

Nem direita nem esquerda, na verdade, representam os interesses do Povo. E quem mais estaria por trás disso se não justamente uma parcela dessa ínfima elite econômica?


Estão nela os financiadores do Liberalismo Econômico, com pautas de desregulação de mercado, isenção de impostos aos mais ricos, privatizações, arrocho sobre os trabalhadores e do Liberalismo Cultural, com suas pautas de liberação das drogas, Ideologia de Gênero radical, liberação sexual precoce, ataques cosmopolitas e decadentes à fé popular e incitação da Guerra dos Sexos.

A direita fala em valores cristãos de amor ao próximo e caridade e em família, mas não vê problema na máfia das milícias, em trabalho escravo no campo, nos juros bancários usurários ou em policiais arrancarem o cobertor de mendigos durante um dos invernos mais frios e molharem-nos com mangueiras.
Não incomoda-se nem em gestantes e mães lactantes terem de trabalhar, para não perderem o emprego, em situações insalubres, expostas a radiação e frio.
 

A esquerda, por sua vez, diz defender o povo, mas detesta tudo que dele vemsua cultura, fé, tradições, seus valores familiares e ora defende, por exemplo, que legalizar a prostituição, num país onde tantas mulheres jovens são exploradas e escravizadas pelas máfias de cafetões e cafetinas, resolverá algum problema; ora defende que os viciados em crack não são vítimas de um vício explorado por traficantes e sim pessoas exercendo sua liberdade; isso quando não defende que se um garotinho brinca de se vestir de mulher, então é certo enchê-lo de hormônios sexuais e operá-lo.

Retrato da esquerda que perdeu a conexão com o povo e a realidade.


O mesmo banco que conquista o apoio da esquerda por patrocinar esse tipo de polêmica artística sequestra a renda dos trabalhadores e famílias com os juros mais altos do mundo.


 A esquerda acha que pode resolver o problema da criminalidade e violência que tiram a paz do povo legalizando drogas e soltando bandidos (gerando revolta, principalmente entre os mais pobres).

Já a direita, acha que resolverá o mesmo problema defendendo violência policial arbitrária, que atinge principalmente os mais pobres e jovens pretos do sexo masculino e, pra completar, defende medidas que diminuem toda a segurança trabalhista e social.

Essa é a esquerda brasileira, presa ao mundo da universidade, com nojo de pobre, taxista e pastor – está mais interessada nos direitos de transxuais e travestis usarem o banheiro feminino (em detrimento das mulheres, tachadas de “transfóbicas”) – quando a simples existência de um toalete com cabine individual unissex, por exemplo, resolveria o problema. Muito pior do que isso: ela está mais interessada na legalização das clínicas de aborto e da venda de drogas.



E essa é a direita brasileira, mais interessada nos direitos de latifundiários escravocratas, banqueiros e grandes empresários corruptos e sonegadores do que nas famílias de trabalhadores. Esquerda e direita odeiam o povo.

 No Brasil, o exemplo perfeito disso tudo é a Rede Globo, sempre na absoluta contramão de tudo o que deseja a grande maioria da população e principal baluarte do Liberalismo, quer seja Econômico ou Cultural. Com seu direitismo econômico e seu “progressismo” moral globalizado, ela reúne o pior dos dois mundos.

Ser um Dissidente Político é se recusar a fazer parte do jogo de cartas marcadas que ora coloca um governo aparentemente à direita no poder, ora outro, aparentemente à esquerda. Nesse jogo, o governo de direita combate inflação gerando desemprego e explora economicamente o povo (enquanto o agrada e ilude com demagogia moralista), até este não suportar mais e então eleger um governo à esquerda – para que este avance as pautas que visam destruir os valores populares e comunidades tradicionais (enquanto segura as pontas na área social com medidas paliativas que, depois, trarão inflação).
O jogo, assim, segue até que, mais uma vez, o povo não suporte mais e coloque de volta ao poder um governo à direita, reiniciando o ciclo, e, com isso, avançando constantemente a pauta das elites econômicas que manipulam todo o sistema democrático rumo à homogeneização cultural e econômica do mundo.

Enquanto isso, a opção ideológica que respeita integralmente os interesses da imensa maioria desapareceu do cenário político vigente. Praticamente não existe uma proposta viável que incorpore tanto os interesses econômicos quanto culturais do povo. Estamos perpetuamente condenados a optar por uma entre duas meias desgraças.

Não temos alternativas que nos representem: direita liberal e esquerda liberal dominam universidades, institutos e máquinas de protesto.

É urgente formar uma nova mentalidade, desmascarar as fraudes e ilusões, trazer à luz os reais anseios da população sem medo de desafiar os rótulos impostos por grupelhos pseudo-intelectuais que chamam qualquer interesse econômico popular de "comunismo" ou "bolivarianismo" e qualquer tradição cultural do povo trabalhador e das comunidades tradicionais de "machista" ou "retrógada". O trabalho a ser feito começa nas universidades, sindicatos, nas ruas e também no meio virtual.

Nós queremos a reforma agrária para que haja paz no campo e fim do êxodo rural; queremos a cadeia para oligarcas, traficantes e corruptos; queremos a soberania nacional, auditoria da dívida e o programa nuclear brasileiro.

A Dissidência Política do DF, organização formada pelas células locais da Ação Avante e da Nova Resistência-Brasil, é uma iniciativa que visa congregar todos os interessados nessa alternativa, aliada a iniciativas similares em todo o país ou mesmo no exterior.

Somos, portanto, uma frente anti-liberal que busca aproximar anti-capitalistas, nacionalistas de esquerda e de direita de diferentes vertentes, buscando superar justamente a velha dicotomia esquerda-direita – contra o globalismo e o imperialismo cultural, econômico e político.

 Esquerda do trabalho e da economia; tradicionalismo dos valores contra a globalização e contra a uniformização dos povos!



Soberania brasileira e integração latino-americana! 



Por um nacionalismo inter-nacionalista; contra o neo-liberalismo econômico, político e cultural!


Somos a grande síntese.
Junte-se a nós.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Solidariedade com o povo norte-coreano!

Na noite da quinta-feira, dia 6 de setembro, membros da Dissidência-DF (formada pela parceria das células locais da Ação Avante e da Nova Resistência-Brasil) estiveram presentes em recepção na Embaixada da Coréia do Norte em comemoração ao aniversário da Fundação da República Popular Democrática da Coréia – mais conhecida como Coréia do Norte. Toda nossa solidariedade está com o povo coreano e nossa esperança, na paz mundial.

Antes, um pouco de contexto: recentemente vimos que a Coréia do Norte fez um lançamento de míssil e, em seguida, um teste de sua capacidade nuclear. O que a imprensa globalista não destacou é que desde agosto, Japão, EUA e Coréia do Sul tem realizado diversos exercícios militares conjuntos próximos à fronteira, que são atos de provocação e ameaça aos coreanos do norte. Um dos exercícios simulava simplesmente a invasão da Coréia do Norte e “decapitação” do regime, isto é, captura e assassinato do seu Chefe de Estado. É nesse contexto que ocorrem os lançamentos de mísseis coreanos (que não atingiram, não mataram nem prejudicaram ninguém).
Tente imaginar por um momento como seria se a Argentina e o Paraguai realizassem exercícios conjuntos com os EUA ao lado da fronteira brasileira, simulando a invasão do Brasil e captura e assassinato do presidente brasileiro (por exemplo, o Lula, quando este estava no auge da sua popularidade ou quem quer que fosse). Ou ainda: o que o presidente Trump, dos EUA, faria se a Rússia realizasse exercícios militares conjuntos com o México, próximo à fronteira, simulando a invasão dos EUA e deposição do presidente americano? Se seu vizinho chama os amigos dele e fica na cerca, em frente à sua casa, ostentando armas e dando tiros pro alto e gritando que vai invadir sua casa e matar você, você tem o direito de dar tiros de advertência pro alto em resposta. A resposta norte-coreana foi, portanto, uma demonstração de força e uma reação legítima e inclusive modesta a uma provocação e ameaça gravíssima.

É importante frisar que essa não é simplesmente uma questão “ideológica”, mas antes uma questão de direito à auto-defesa e soberania. Tanto Brizola (de esquerda) quanto Enéas Carneiro (de direita) e até mesmo o General Geisel, por exemplo, defenderam o direito do Brasil se armar nuclearmente para a defesa de sua soberania.

Solidariedade com povo norte-coreano! Por um Brasil soberano!
Isto é Dissidência. Soberania nacional e solidariedade inter-nacional.

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