terça-feira, 16 de janeiro de 2018

2018 e o futuro que nos espera


Se, para nós, o ano de 2017 foi um ano de crescimento, para o Brasil como um todo, do ponto de vista de políticas públicas, 2017 foi um ano de retrocessos e derrotas.

Em 2017, a CLT foi literalmente proclamada “fascista” e sepultada. Somos todos "fascistas" agora. De um só golpe, nossos direitos trabalhistas foram jogados no lixo, nossas aposentadorias correm o risco de sofrer o mesmo destino e nossa saúde e educação pública foram inviabilizadas com corte de gastos e, assim, também jogadas no lixo - juntamente com nossos valores e cultura, constantemente bombardeados por todo tipo de lixo da indústria de entretenimento e grande mídia - a mesma grande mídia que faz campanha a favor de todas essas "reformas" (seria melhor chamá-las deformas). 
Daí não se segue, contudo, que o balanço do ano tenha sido calamitoso para todos:  para banqueiros, juízes, bicheiros e políticos profissionais, as perspectivas são, de fato, animadoras. Porém, não é a esses que nós nos dirigimos.

Você, a depender do caso, talvez acreditou que as conquistas da Era Lula eram irreversíveis - não eram e a nação periga voltar a figurar no Mapa da Fome; você acreditou, talvez, que, com o impeachment de Dilma Rousseff, a situação melhoraria - não melhorou e a tendência é piorar; acreditou quiçá até na Lava Jato e hoje, quem sabe, acredita que Lula ou Bolsonaro poderão fazer algo contra a casta de oligarcas, barões da mídia, latifundiários, marajás do judiciário e banqueiros (e interesses do bloco atlantista e sionista) que operam o sistema e realmente nos governam.

Você, se depender deles, pulará de bico em bico como “microempreendedor individual”até os setenta anos de idade. Grávidas, a depender deles, terão de trabalhar em condições insalubres, como já têm - para não passarem fome enquanto seus filhos serão (mal) educados  para a vida de gado de trabalho sem direitos, consumismo endividado e promiscuidade, provavelmente sem perspectiva de estudarem em nível superior, mesmo que porventura tenham talento acadêmico.

Tal situação nos lança em um dilema que constitui uma falsa escolha para o povo - Bolsonaro tenta desesperadamente convencer o mercado de que não é nem um pouco nacionalista (mas o mercado não perdoa nenhum deslize) e Lula, com as benção de Renan Calheiros e Sarney busca qualquer tipo de conciliação para poder ser candidato. De qualquer forma, nesse momento, o "centro" liberal, com apoio da grande imprensa, se lança em campanha contra Lula e Bolsonaro: o objetivo é nos empurrar um fantoche liberal "de centro" ainda pior do que ambos - um boneco de cera ao estilo do francês Emmanuel Macron ou de Maurício Macri. Alguém com o perfil de um Doria ou Luciano Huck ou nulidade semelhante.

Em 2017, talvez a ficha tenha caído para você – se ainda não, uma hora ela cairá: este é o momento de construir uma grande frente anti-liberal pela soberania do país, em defesa das mães e pais de família, das viúvas, dos aposentados e dos trabalhadores. Hoje é o índio, o posseiro rural, o quilombola, o policial, o professor – amanhã será você. Não nos importa se você é conservador, stalinista, populista, “fascista”: só o que nos importa é o quanto está disposto a lutar pela dignidade humana e pelos seus descendentes e a permanecer de pé em meio às ruínas que nos cercam.




A Dissidência-DF deseja a todos um 2018 de lutas.
























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